A nossa infância, foi permeada pelo autoritarismo e desencontros emocionais; aprendemos tanto sobre português, matemática, geográfica, química..., mas, não aprendemos sobre nós mesmos, sobre sentimentos e emoções.! Não fomos ensinados a nomear o que sentíamos, pois, a criança não era vista; ela apenas estava ali, de acordo com as nossas conveniências. E quantas vezes, fomos negligenciados, tivemos nossos desejos invalidados; principalmente o desejo de amor, de acolhimento, reconhecimento e de pertencimento.
E ao longo de anos, fomos capazes de nos anular, para engolir o choro, a dor, a angústia, a vergonha, o medo, a culpa e tantos outros sentimentos, que sequer sabíamos que existiam; afinal, quando estávamos frustrados, com raiva, e algo acontecia; nosso choro irrompia em torrentes de fúria, tínhamos era medo; pois ouvíamos: “se chorar, vai apanhar”! Como assim?? Se estávamos fragilizados e carentes, não podíamos nem chorar? E assim, fomos criados; engolindo nossas emoções ou correndo para a cama e abraçando o travesseiro, pois ali era o lugar quente, o único que poderia nos acolher.
Não somos vítimas e nem culpados, simplesmente somos, somos seres humanos; e por isto, temos emoções, que não são boas ou ruins, existem para nos ensinar, para que aprendamos a nos autorregular; para que não estejamos reféns da montanha russa emocional!
Quem traz uma criança interior ferida, acaba ferindo também; pois, não fomos ensinados a gerenciar nossas emoções e aprendemos que algumas são feias, e quando elas surgem, nos sentimos pior ainda; daí acionamos o chicote da punição, e neste ciclo, vamos construindo a nossa jornada, acumulando lixo emocional, que fica escondido, sob uma grande proteção; normalmente uma carapaça forte, de algum personagem que trazemos da tenra infância. E nos tornamos adultos, disfuncionais, com medos, vergonha, culpa, insegurança e escassez em todas as áreas.
Não nos ensinaram a lidar com as frustrações e muito menos com a temida raiva; e fomos engolindo sapos e desprezando os alarmes naturais, que o corpo emite; e desta maneira seguimos resolutos, confiantes que somos fortes e duros , realmente somos, duros até demais.
E quando nos tornamos mães/pais, a dureza nos quebra, através dos filhos. E com eles, vem a dor de não saber lidar com a dor alheia, de não saber conversar; afinal, o grito sai num rompante só, e entre choros, ranger de dentes, castigos e palmadas....seguimos repetindo padrões. E o nosso choro engolido, durante anos, hoje está dilacerando a nossa própria alma; já não sabemos como agir, pois, os nossos filhos trazem as nossas sombras; e através deles, temos também a grande oportunidade de reconstruir esta história, de sair da alcova, para assumir o papel de adulto auto responsável e escrever uma jornada da criação consciente, através da empatia, disciplina positiva, comunicação não violenta e respeito ao pequeno e grande ser, chamado criança; que não será mais ferida, mas acolhida, amada e respeitada em sua totalidade; para crescer segura de suas capacidades e habilidades. A cura da nossa criança interior ferida, é a cura da humanidade; pois, vamos entregar adultos responsáveis ao mundo!
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PARA SABER MAIS:
Isolda Rodrigues
Coach de Mulheres, Materno Infantil e Consultora Parental
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